Uma louca tempestade, onde não há abrigo.: outubro 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Trip to you heart.

Procuro escrever algo que possa encontrar o caminho do teu coração, não importa a velocidade, chegando no alvo,  no meu alvo é o que realmente importa.
É possivel se apaixonar em um dia? sei lá, talvez, o coração nunca escolhe tempo, lugar, situação, pessoa, simplesmente acontece, embora você procure, você não escolhe, será que estamos preparados à controlar a situação?
Pois é meu caro, não sei te responder, as coisas acontecem, não há explicação, apenas saiba lidar com a situação a qual você esta sendo apresentado, aprender a encarar os ricos, consiga administrar, se é que isso é possivel em coisas regidas pela emoção, não tenha medo do novo, não se perca em meio as ilusões, seja coerente consigo mesmo, talvez assim, tudo seja mais fácil de ser resolvido.
Adianta dizer que a vontade de te ter por perto, de te abraçar, de te olhar, pode te tocar, fica mais evidente em mim a cada minuto? Acho que não, não sei o que resolveria o problema.
Tão perto e tão longe de mim, às vezes paro pra pensar se estamos na mesma sintonia, ou como você mesmo diz, na mesma vibe!?
Eu sei o que eu to sentindo e junto com isso vem o medo de não passar de uma futura lembrança que não possa ser decolada...



Jefferson Arruda.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Smoking in the deep.

Ainda tonta, a meretriz levava sua mão até o a carteira de cigarros que tinha na cabeceira de sua cama. Por vez, puxou a carteira de cigarros e assim, sentou na cama, enquanto segurava o maço. Pensou consigo mesma que mais um dia tinha passado, que um novo homem havia habitado sua cama, havia abusado de sua intimidade já não tão íntima... 

Meio que numa rotina, a meretriz acendeu o seu cigarro, levantou-se da cama e foi até o seu espelho.


Enquanto ela penteava o seu cabelo, ela refletia sobre a sua realidade. Realidade essa que ninguém nunca havia pedido ao bom Senhor que habita o céu. A pobre meretriz, já chorava, chorava por estar viva, chorava por não ter tido uma vida perfeita, com um homem que a amasse - homens que até então só a procuravam à procura de prazer. -  com filhos correndo por sua casa, com amigas que fossem lhe visitar enquanto tomavam um chá, com sua casa com gramado, cercas brancas, e um "ar-de-Califórnia"...

Mas ela não desistia, mesmo sentindo que seu coração havia se transformado em pó, ela não parava de vender seu corpo em troca de míseros trocados para saciar a sua fome insaciável. Amor próprio? Talvez. Quando a jovem meretriz dava por si mesma, era hora de mais outro programa. Mais outro sofrimento, a angústia era sua única companheira. E a solidão? Quase que amigas íntimas.



Passou-lhe o batom vermelho nos lábios, respirou fundo, limpou rapidamente suas lágrimas e foi em direção a porta, ainda com seu cigarro, encostou na entrada de seu imundo quarto e ficou ali, a espera de uma nova companhia. Não importava se era doutor ou se era gari, pra ela, nada mais fazia sentido, a não ser o início e o fim de seu cigarro.



Jefferson Arruda.

domingo, 2 de outubro de 2011

Ainda...

Ainda vou dançar e beijar você na chuva. Ainda vamos em um jantar romântico. Vamos andar de bicicleta pelo parque, e curtir o por do sol em alguma praia mais próxima. E mesmo com toda a intimidade, ainda vamos ter vergonha de nos olhar fixamente. Vamos nos beijar intensamente depois de uma discussão feia. Você ainda vai me fazer surpresas, e me arrancar as palavras com apenas um sorriso. Você ainda...




Autor desconhecido.