Uma louca tempestade, onde não há abrigo.: abril 2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Platonic heartbeat.

O olhar. Dizem que o olhar serve como a porta de entrada para a alma. Através dele, nós conseguimos enxergar com sinceridade aquilo que está para ser, ou até mesmo o que foi dito. Com um ar de pureza, o olhar também nos entrega, pois, é facilmente perceptível chechar a sinceridade da emoção apresentada. Seja ela boa, ou ruim.

O toque. Quando recebemos um abraço, dependendo da pessoa que nos demonstra tamanho carinho, o nosso interior vai reagir de uma forma diferente. Ora, um abraço de uma pessoa querida acalma nosso interior, amansa nossa alma, e ainda beija carinhosamente o nosso coração, fazendo com que -muitas vezes até sem perceber- soltemos um suspiro. Porém, quando recebemos um abraço de alguém 'não querido', manifesta-se uma emoção não tão boa dentro de nós, que pode ser classificada como raiva, nojo, desgosto, e na maioria das vezes, falsidade. Seja bom ou ruim, o toque de alguém em nós, sempre vai despertar alguma emoção: Variando da mais eufórica até a mais fria.

O prazer. O prazer, muitas vezes, é algo variável, porque para x ou para y, ele pode se manifestar de formas diferentes. Porra. Prazer para mim pode ser definido simplesmente como estar numa cama, despido, com um alto grau de excitação tomando conta do meu corpo, enquanto estou comendo alguém. Já para você, prazer pode ser acordar depois de uma noite maravilhosa e dar de cara com alguém amado (seja família ou não), ou até mesmo, prazer pode até ser definido como abrir um pote de sorvete, num dia de chuva, enquanto se está assistindo algo. É invariável. Ele pode ter até definição, o que já não me importa mais. Sei o que me agrada e o que deixa de me agradar.


Amor platônico: na acepção vulgar, é toda a relação afetuosa ou idealizada em que se abstrai o elemento sexual, como num caso de amizade pura, entre duas pessoas. Esta definição, contudo, difere da concepção mesma do amor ideal de Platão, o filósofo grego da Antiguidade, que concebera o amor como algo essencialmente puro e desprovido de paixões, ao passo que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras e falsas. O Amor, no ideal platônico, não se fundamenta num interesse (mesmo o sexual), mas na virtude. (WIKIPÉDIA)





Cego, sem tocar, sem ouvir, e até mesmo sem respirar o mesmo ar que você.


É, o gostar (amar), de uma forma platônica, é uma das mais puras e uma das mais simples formas de gostar. Porque, uma pessoa que sente algo platônico, não exige nada, não exige dinheiro, não liga pra cor, raça, ou etc. O platônico é como um sonho. É como estar nas nuvens, sem tirar o pé do chão. É como pairar por todo o céu existente, sem mover um músculo. É como você mergulhar num mar escuro, onde você nada, nada, e quando você dá por si mesmo, está sem oxigênio. E sabe qual o melhor disso? Mesmo sem oxigênio, você continua a nadar no mar-da-paixão, sem se preocupar com nada, pois, uma hora ou outra, por bem ou por mal, o mar acaba, o céu some, você acorda, e percebe que não se vive só por sonhos.


Jefferson Arruda.
10/04/2012 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

More feeling.

 Acordei, e percebi o quanto sou dependente de sentimento. Dependente de calor humano. Qualquer que seja a emoção, eu preciso sentir. E com o passar do tempo, vou me estabilizando e continuo controlando meu entusiasmo cada vez mais. Agora, nesse exato momento, quando 'lembro' de ti, o meu coração gela e parece que existem borboletas na minha barriga.  A traqueia dá um nó, feito uma toalha molhada, e me faltam palavras, me falta coragem, me aumenta a vontade de cuidar de você. O estranho -e ao mesmo tempo legal- é que eu nunca tinha sentido isso dessa forma, de uma forma tão "platônica". E de quem é a culpa? Sua. 



Jefferson Arruda.
05/04/2012







segunda-feira, 2 de abril de 2012

Had some trouble with herself....





Era como se ela estivesse sido dividida em dois.




Uma metade, exalava o desejo repulsivo de ódio, a vontade de vingança era o alimento do seu dia a dia. A raiva era como um câncer numa região saudável: dominava tudo, sem deixar escapatória - fazendo com que, o impulso nervoso e a vontade de praticar o mal fosse a única coisa que dominasse o seu pensamento. O alimento de sua alma? Era o simples desejo de desmembrar cada parte do corpo alheio, e por fim, banhar-se com o sangue, doce sangue, sangue de vitória. Sua carne, seria como a glicose para fazer com que o corpo da insana funcionasse, a fome era insaciável.

- era como se o próprio lúcifer habitasse dentro dela. 




Seu outro lado, tinha sede de sentimento. Tinha sede do teu corpo, sede do calor dos teus braços, e também, precisava do seu sorriso para viver. É como se ela estivesse presa à uma bolha, onde o ar existente era o aroma do seu perfume. A cada martelada de você em sua cabeça, era como uma dose de morfina em seu corpo, o prazer instantâneo quando o seu nome adentrava em seus ouvidos.

- era como se ela estivesse em um coma profundo.

Pobre tola, perdida em seus próprios pensamentos. Sentiam pena da mesma, por se martirizar tanto e por sofrer nas mãos da única máquina super potente que te leva ao paraíso e para o inferno: sua própria mente.


Jefferson Arruda.
03/04/2012.