Uma louca tempestade, onde não há abrigo.: 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lies.

Nada pior do que uma mentira para estragar o seu dia.
                                         
             estragar sua noite.

Estragar tudo aquilo que foi construído durante uma vida.




Então, o que acha de poupar-se dessa falsa ilusão onde na maioria das vezes acaba iludindo até você mesmo?






Jefferson Arruda.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Trip to you heart.

Procuro escrever algo que possa encontrar o caminho do teu coração, não importa a velocidade, chegando no alvo,  no meu alvo é o que realmente importa.
É possivel se apaixonar em um dia? sei lá, talvez, o coração nunca escolhe tempo, lugar, situação, pessoa, simplesmente acontece, embora você procure, você não escolhe, será que estamos preparados à controlar a situação?
Pois é meu caro, não sei te responder, as coisas acontecem, não há explicação, apenas saiba lidar com a situação a qual você esta sendo apresentado, aprender a encarar os ricos, consiga administrar, se é que isso é possivel em coisas regidas pela emoção, não tenha medo do novo, não se perca em meio as ilusões, seja coerente consigo mesmo, talvez assim, tudo seja mais fácil de ser resolvido.
Adianta dizer que a vontade de te ter por perto, de te abraçar, de te olhar, pode te tocar, fica mais evidente em mim a cada minuto? Acho que não, não sei o que resolveria o problema.
Tão perto e tão longe de mim, às vezes paro pra pensar se estamos na mesma sintonia, ou como você mesmo diz, na mesma vibe!?
Eu sei o que eu to sentindo e junto com isso vem o medo de não passar de uma futura lembrança que não possa ser decolada...



Jefferson Arruda.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Smoking in the deep.

Ainda tonta, a meretriz levava sua mão até o a carteira de cigarros que tinha na cabeceira de sua cama. Por vez, puxou a carteira de cigarros e assim, sentou na cama, enquanto segurava o maço. Pensou consigo mesma que mais um dia tinha passado, que um novo homem havia habitado sua cama, havia abusado de sua intimidade já não tão íntima... 

Meio que numa rotina, a meretriz acendeu o seu cigarro, levantou-se da cama e foi até o seu espelho.


Enquanto ela penteava o seu cabelo, ela refletia sobre a sua realidade. Realidade essa que ninguém nunca havia pedido ao bom Senhor que habita o céu. A pobre meretriz, já chorava, chorava por estar viva, chorava por não ter tido uma vida perfeita, com um homem que a amasse - homens que até então só a procuravam à procura de prazer. -  com filhos correndo por sua casa, com amigas que fossem lhe visitar enquanto tomavam um chá, com sua casa com gramado, cercas brancas, e um "ar-de-Califórnia"...

Mas ela não desistia, mesmo sentindo que seu coração havia se transformado em pó, ela não parava de vender seu corpo em troca de míseros trocados para saciar a sua fome insaciável. Amor próprio? Talvez. Quando a jovem meretriz dava por si mesma, era hora de mais outro programa. Mais outro sofrimento, a angústia era sua única companheira. E a solidão? Quase que amigas íntimas.



Passou-lhe o batom vermelho nos lábios, respirou fundo, limpou rapidamente suas lágrimas e foi em direção a porta, ainda com seu cigarro, encostou na entrada de seu imundo quarto e ficou ali, a espera de uma nova companhia. Não importava se era doutor ou se era gari, pra ela, nada mais fazia sentido, a não ser o início e o fim de seu cigarro.



Jefferson Arruda.

domingo, 2 de outubro de 2011

Ainda...

Ainda vou dançar e beijar você na chuva. Ainda vamos em um jantar romântico. Vamos andar de bicicleta pelo parque, e curtir o por do sol em alguma praia mais próxima. E mesmo com toda a intimidade, ainda vamos ter vergonha de nos olhar fixamente. Vamos nos beijar intensamente depois de uma discussão feia. Você ainda vai me fazer surpresas, e me arrancar as palavras com apenas um sorriso. Você ainda...




Autor desconhecido.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O último romance.


"Eu encontrei e quis duvidar, tanto clichê deve não ser. Você me falou pr'eu não me preocupar, ter fé e ver coragem no amor. E só de te ver eu penso em trocar a minha TV num jeito de te levar a qualquer lugar que você queira. E ir onde o vento for, que pra nós dois sair de casa já é se aventurar."

Parece que minha cabeça não anda em ordem, parece que meu coração foi tragado por uma planta carnívora, e as lágrimas... meu Deus, as lágrimas!! (...)
Sempre que eu paro pra refletir, as lembranças e as promessas de um futuro promissor me assombram...


O que está acontecendo comigo?


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Same mistake, again.

Ele dormia em seus braços. 
Como quem vai mergulhar num oceano, ela, respirou fundo, levando sua mão direita até o cabelo do rapaz, fazendo carinho, enquanto suspirava, refletindo. 
Refletiu que pela terceira vez, ela o tinha em seus braços, ela poderia cuidar de seu coração outra vez, e assim, ela poderia fazer o que não fez, evitando por vez, cometer os mesmos erros. Ainda com o olhar para baixo, ela sorriu, sentindo o alívio de ter o seu príncipe em sua vida, a paz interior que tomava conta de todo seu corpo. 
Ele continuava a dormir, como um anjo em cima de uma nuvem.



O que será que o destino reservou para esse jovem casal? Amor, amor e mais amor? Ou mais luta e sofrimento. 
Só cabe a eles decidirem o seu futuro, porque cada passo dado hoje, reflete na consequência do amanhã.




Jefferson Arruda.



sábado, 13 de agosto de 2011

Escrevi aqui o que, no momento da ligação, não tava pronto pra falar. Eu sei que pareço mais um idiota que passou em sua vida, e acredito nisso, realmente fui. Quando você disse que eu poderia fazer de novo, ainda não tinha caído a ficha que é verdade. Eu to num momento totalmente bipolar em minha vida e, por estar nele, nem percebo quando ataco as pessoas, que acho que num era nada demais. Acredito que agora eu esteja em um momento ‘lúcido’ pra poder dizer tudo isso aqui. Percebi que não lutei pela gente, e você tem toda razão quanto às partes negativas que existem e se sobressaem. Eu não tenho argumentos pra lutar. Agora volto aquele dia que falei no telefone: - Não importa o que aconteça que eu vou te amar. - Ainda sinto o mesmo. Minhas ações contraditórias e inconstantes não deixaram você ver isso, e acabou acontecendo o contrário. Eu te amo pelo Un-hun que diz ao telefone, pelo amor que tem pela música, pelas histórias engraçadas e tensas pra contar. Eu não fiz nenhuma ação e não demonstrei nenhuma característica para poder ser amado, só erros, erros e erros, e sou ciente disso. Esperava que tivesse me conhecido em um momento em que eu tivesse em meu normal, digamos; em que eu fosse realmente quem sou, a pessoa que eu amo e que poderia ser amada. Parece idiota, mas sinto falta de mim; ficaram apenas os pedaços embaraçados e complexos. Profundamente acho uma pena que tudo tivesse de acontecer assim. Meu objetivo agora é, primeiramente, pedir desculpas por tudo isso, e te digo de coração que não foi a intenção. Me dói, e muito, só em pensar que magoei, chateei você; sei que o que tá feito não se desfaz. Outro objetivo agora é continuar. Absorver tudo isso com os olhos cheios de lágrimas e partir pra frente; finalmente esse maldito tratamento vai terminar. Quando sua mágoa amenizar, peço-te que espere por mim se eu ainda não estiver pronto, que eu sei que serei um bom amigo, que tentarei conseguir transformar todo esse amor que estraguei em um amor de amizade. Já sinto saudades.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A cada dia que passa, vou engolindo meu orgulho, assim como um bêbado toma toda sua cachaça, assim como um suicida toma seu veneno. Pois é, eu mudei, mas não venha pensando que eu mudei por ti, porque você não vale nem o prato que come, ou o ar que respira. De tanto apanhar, acabei me tornando forte, e agora, por consequência, aprendi a derrubar. Não venha até mim mendigando amor, implorando sentimento. De mim você não merece pena, ou nojo, porque agora percebo que você não é digno de nada. Lembro de quando você me fazia feliz, me fazia rir por bobagens... bons tempos? Podem até ser que sim, mas pra mim não passam de feixes de memória que aos poucos vão sendo apagadas de mim. Você poderia ter sido o tal, mas pra mim, não passou de um qualquer.



Faça-me o favor de retirar essas suas roupas imundas do chão do meu quarto. 
Jefferson Arruda.


Por que será que o orgulho sobe tanto a cabeça as pessoas? As vezes, chega a ser mais bonito ver uma pessoa deixar o braço a torcer e pedir desculpas, sabia? Porra! Desce desse enorme salto alto que te sustenta, calça o sapatinho da humildade e tenta seguir tua vida. Tudo em excesso atrapalha, e quando eu digo tudo é porque é tudo MESMO.
Se você segue a vida com muito orgulho, acaba afastando as pessoas de você. Você involuntariamente acaba construindo uma barreira na frente de si mesmo, e  assim, por consequência, a solidão vem. E eu vou te dizer uma coisa, neguinho, solidão é a pior coisa que existe.
Quando a solidão bate, é como se ninguém ligasse pra ti. Você acorda, come, vai trabalhar, volta pra casa, toma banho, vai deitar e quando coloca a cabeça no travesseiro, acaba se dando conta que ninguém liga pra o que você faz durante o dia. Você acaba se tornando um zero a esquerda para a sociedade.

E aí? Vai preferir morrer só ou vai se aproximar de alguém pra compartilhar tua dor?


Desabafo. 
Jefferson Arruda.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

- Dois cubos de gelo, por favor! Dizia a simplória garota ao garçom, enquanto olhava para o seu príncipe nada encantado.

- Precisamos conversar, não consigo mais guardar esse sentimento! Dizia o príncipe nada encantado, enquanto desviava o olhar para o garçom, que estava de saída.

Ela, com o coração apertado de tanta apreensão, mexia o seu chá, fazendo com o único som do local fosse o tilintar da colher.

- Você sabe que eu te amo. Dizia ela, enquanto observava o seu semblante triste; era como se o seu coração quisesse parar de bater.

O silêncio havia tomado conta do local.


O celular toca, quebrando o silêncio do casal. Ele, sem falar nada, leva o celular até a sua orelha, e sem demora, desliga, levando-o até o bolso  da sua camisa. Assim, ainda em silêncio, ele se levanta, olhando-a nos olhos, dando-lhe as costas e caminhando em direção a porta.

A jovem observa ele caminhar, e assim, sua expressão de surpresa vai dando lugar a olhos carregados de lágrimas; onde habitava um sorriso de alegria, agora não passava de um sorriso frustrado. Ao ver o seu príncipe nada encantando entrando num carro de uma linda loura, as lágrimas presas em seu olhar percorriam o seu rosto.

Logo que ela viu o beijo, sentiu como se o seu coração fosse arrancado e o oxigênio não chegasse até seus pulmões. Ela abaixou a cabeça, procurando não olhar, e assim, por um instante, tentou esquecer a dor que tomava conta do seu corpo, mas as lembranças dos momentos juntos pareciam ser mais fortes que ela. 

- Mais gelo, senhorita?



O amor vai rasgar e sangrar, e o abandono te arrancará órgãos.
Jefferson Arruda.
Eu deixei cair, meu coração, e enquanto ele caía, você surgiu para reivindicá-lo. Estava escuro e eu estava toda queimada, até que você beijou meus lábios e me salvou. Minhas mãos são fortes, mas meus joelhos eram muito fracos para ficar em seus braços sem cair aos seus pés. Mas há um lado, em você, que eu nunca soube, nunca soube. Todas as coisas que você disse nunca foram verdade, nunca foram verdade, e os jogos que você jogaria, você sempre ganharia, sempre ganharia.
Mas eu ateei fogo à chuva, e fiquei vendo ela cair enquanto eu tocava seu rosto. Quando ela me queimou, bem, eu chorei, porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome! Quando deito, com você, eu poderia ficar lá, fecho meus olhos, sinto você aqui para sempre. Você e eu juntos, nada é melhor! Porque existe um lado, de você, que eu nunca soube, nunca soube. Todas as coisas que você diz, nunca é verdade, nunca é verdade. E os jogos que você jogaria, você sempre ganharia, sempre ganharia. Eu ateei fogo à chuva e eu me senti perdida em meio às chamas. Quando ela caiu, algo morreu.

Porque eu sabia que era a última vez, a última vez!
Adele - Set  fire to the rain.
Jefferson Arruda.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E já cansado, com o peito martelando de tanta angústia, mais uma vez ele foi ao seu boteco de sempre, tomar sua velha pinga e ouvir mais um samba, um samba de amor. Só que essa não era uma simples noite de quarta-feira como as outras... era um começo de uma nova história; uma história carregada de muita tensão e mistério.
Era ela, com um ar soberano, um ar de luxúria, que estava adentrando o sujo e libidinoso boteco.
Como uma criança, que ama pela primeira vez, o coração do velho-jovem ardia novamente - era como se o baú que guardava o seu coração fosse aberto e as correntes que o prendiam fosse libertas - e assim, como de costume, virou garganta a dentro a pinga que havia em seu copo.
Lá estava ela, sentada, com uma delicadeza angelical, enquanto saboreava o seu martíni - e ao mesmo tempo, ela estava com uma feição diabólica, o encarando. - Era como se a dama de vermelho invadisse o seu pensamento... o seu cheiro estava tomando conta do boteco, era como se uma droga para o velho-jovem.
Ao terminar sua bebida, ela encarou-lhe pela ultima vez, e assim, deixou o dinheiro sobre a mesa, retocando o seu batom e por fim, saindo com o mesmo ar soberano e luxuoso que havia entrado. Sem demora, o velho-jovem gritou para que o garçom o esperasse e correu atrás da misteriosa mulher.
No lado de fora, ela caminhava lentamente, como se já soubesse que o velho-jovem iria a sua procura. Fascinado pelo ar de mistério, vai atrás dela, tocando o seu ombro. Ela, por vez, virou-se, guiando-o até a parede, e assim, olhando em seus olhos, enquanto o pergunta:

- Você morreria de amor por essa noite?


Com o coração acelerado, com a cabeça confusa, ele deixou a emoção falar mais alto, e  nem precisava responder a pergunta da mulher misteriosa, porque sua expressão facial era mais do que óbvia.
Logo, com um sorriso diabólico, ela fechou os olhos e aproximou o rosto, selando os lábios do velho-jovem.

- Nossa, será que ele morreu mesmo? Não consigo sentir sua pulsação e ele não está respirando! - Dizia uma mulher, preocupada.

- Vamos aguardar a ambulância chegar para ver no que vai dar! Mas isso já era de se esperar... toda noite ele sempre vinha aqui, tomava sempre muita pinga, saindo daqui sempre bêbado. E eu já havia notado que ele sempre olha para aquela mesa velha, que fica sempre vazia... era como se ele visse alguém!!!
- Dizia o garçom, quase que lamentando.


E esse foi o fim do velho-jovem.
Jefferson Arruda.